sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Um sopro de vida

Era uma vez. Em uma terra onde os defeitos e qualidades dos seus habitantes já não tinham tanto valor.Havia alguém que corria estupidamente em direção a uma floresta sombria.Uma menina de aparência tão angelical quanto à dos próprios anjos. Ela corria, não olhando para trás. Tentava alcançar algo,mas quanto mais corria mais se sentia afastada de seu objetivo.O que ela poderia fazer ou dizer?Nada.Só correr e convencer a si própria de que a única atitude a tomar.Em meio ao desesperado ela tropeça em algumas pedras, se choca com árvores e leva muitos tombos, mesmo sangrando persiste. Não desiste por nada,nem por ninguém.Durante o longo percurso a jovem se depara com um rio, de águas claras.Estando muito debilitada, ela se senta na beira deste rio, olha para o próprio, a fim de encontrar seu reflexo.Ela encontra e apesar da escuridão do local, lava seu rosto, com toda sutileza.De repente sente que o fim da linha é aquele lugar tão lindo.Ela fecha seus olhos e se joga no rio, permitindo o seu corpo afundar.Sua silueta jovem de uma beleza radiante. Se perdendo pouco a pouco.Ela fica no fundo do rio.Sozinha, ela aceita a própria derrota.Acha que é o melhor a fazer.Quando num piscar de olhos ela é salva por outra jovem. Ela tem lindas flores no cabelo usa um vestido branco, triste.A margem a espera das duas infantas está um príncipe com vestes de tom escuro pele alva.Será que irá salva-la?Tira-la da escuridão?A infanta das flores lhe assopra profundamente por dentro da garganta, logo a menina regurgita toda a água que estava alojada em seus pulmões e logo começa a enxergar o lindo casal.A infanta acaricia o rosto da menina e lhe abraça forte tirando-a do chão.Já o jovem príncipe olha em seus olhos profundamente e lhe dá um grande beijo.Mas enquanto a beija a lança novamente ao rio e a infanta não faz nada para tentar impedir. Fica ali, vendo a menina afundar novamente.Mesmo estando novamente submersa a única coisa que a linda garota enxerga é o casal a partir em um belo cavalo em direção ao Horizonte.Ela se conforma em permanecer no fundo do rio esperando alguém. Não para resgatá-la, mas sim para lhe fazer companhia. Que a faça ao menos tentar sorrir por alívio. Que a ensine a sobreviver ou até mesmo retornar ao início do percurso.Afinal quem espera sempre tem esperança.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Contrato de servidão

Somos de quem amamos ou de quem nos ama?
Seremos nós pertencentes a alguém só por esse alguém nos amar?
Sim, isto é confuso ou até surreal.
Somos de quem amamos.
Pois nunca nos entregaremos totalmente.
Se somente somos amados.
O amor é tem que ser recíproco.
Assim como o ódio.
Eu sem ele não sou nada.
Porém ele sem mim é tudo.
Do que adianta sofrer?
Do que adianta se entregar?
Do que adianta fingir?
Amor não se finge.
Amor se concede.
Por amor nos convertemos.
O amor nos converte a solidão.
No fim.
Ele nos aprisiona.
Pois ficamos dispostos a mover o mundo.
Pela pessoa amada.
Sem necessidade de ordem.
Sem contrato de servidão.

A você,meu amor

A você,meu amor.
Desejo toda a sorte do mundo.
A você,minha vida.
Desejo toda a beleza que um mortal pode obter.
Alcance tudo que puder e acima de tudo sonhe.
Nunca deixe de sonhar.
Pois os sonhos dão brilho á vida e rejuvenescem a alma.
Como somos um só.
Não importa o que aconteça ao meu corpo
Pois minha mente sempre estará ao seu lado.
Não deixe que a escuridão te amedronte
Pois não há divergência no mundo.
Que mereça abalar um futuro promissor.